Nove de julho de dois mil e treze.
Em tempos de protestos e 'revoluções' contemporâneas, nove de julho, dia de revolução paulista, veio também revolucionar minha vida. Ou talvez não.
Aos nove anos, quando lembro pela primeira vez ter querido ser advogada e andava com um código penal velho debaixo do braço, fazendo de conta que ia a audiências, não sabia com certeza o caminho que percorreria até de fato ser o que até então estava apenas fingindo.
O caminho, como eu não imaginava, foi árduo, longo. Desde o doze de fevereiro de dois mil e sete quando entrei na faculdade até este nove de julho passei por diversas revoluções físicas, emocionais, estruturais, guerras contra o tempo, cansaço, as pedras do caminho...
Não saberia enumerar quantas foram, o fato é que foram. Estão no passado.
Caminhei o tempo todo para esse momento e o que viria após ele.
Sempre soube que seria advogada, no mínimo, sempre quis isso, então, a revolução já estava acontecendo quando decidi o que queria. Talvez o desfecho tenha sido apenas a oficialização do que pra mim sempre seria meu futuro.
Nasci assim, cresci com essa meta, estudei para isso e agora sou.
É isso, a aprovação no exame da OAB veio por oficializar o que eu sempre soube e pelo que sempre lutei: sou advogada!